quinta-feira, 28 de abril de 2016

Tudo tem seu tempo...

Luan on



Era ruim ver que ela estava sentindo o dor, que estava com medo, mas eu sabia o quanto aquilo a ajudaria então fui firme na decisão de convence-la, e vi que não errei ao fazer isso.   Ela já tinha me dito uma vez, que seu trauma com agulhas vinha de criança, quando ela operou e teve de ficar sozinha no quarto com injeções dolorosas sendo aplicadas e sem nenhum apoio, pois seu avô também estava internado.

Percebi, que não era apenas um medo da agulha em si, era medo de estar sozinha enfrentando uma situação dolorosa, de certo modo, agulhas a faziam lembrar de um sentimento de fraqueza, de rejeição, e era esse o seu medo.

Fazer aquela tatuagem, significaria pra ela, um ato de coragem, um enfrentamento do medo, ela veria que por mais que doesse, como sei que doeu, ela era capaz de suportar, pois, já não era mais uma criança sem apoio, agora ela tinha alguém e esse alguém era eu.

- meu Deus, eu não acredito,  disse encarando o pulso com os olhos brilhando, ficou linda, disse já chorando de emoção.

- Ficou, ficou sim princesa, você segurou a dor, foi forte, por que que eu sei que doeu bastante, assim como a minha, mas, um dando força pro outro, tudo se ajeita, não importa o medo, não importa nada, a gente passa por cima.

-Eu estou muito feliz disse selando meus lábios.



Bruna on



Assim que me despedi do meu irmão e de Kim e segui com Rober para o o avião, o medo falou mais alto, quando o avião levantou voo, o desespero me bateu, meu Deus, o que iria me acontecer? Eu não tinha  mais como voltar atrás e estar sozinha com ele, ter que confiar novamente, estava me deixando em pânico.



-Ei, princesa, eu sei que está com medo, mas pode ficar tranquila, eu jamais te faria mal, encosta aqui, disse me puxando pra seu peito, eu sei que é difícil mas você precisa confiar em mim meu amor, e, eu quero muito te passar segurança e confiança nesse tempo em que a gente estiver só nós dois, nos vamos aproveitar, e o que você quiser ou não, é só me dizer tudo bem?

- desculpa por essa insegurança,  mas é difícil pra mim lelinho...

- você não precisa se desculpar,  tá tudo bem, eu entendo você meu amor, tenta dormir um pouquinho, você acordou cedo e a viagem é longa, vamos pegar o nosso barco as oito da noite, da tempo pra você descansar.

Me encostei sobre seu peito e ele ficou apenas me olhando calmo.

- posso tocar? Disse apontando pra minha barriga que quase não aparecia.

- pode sim, falei, e ele com uma mão, acariciava minha barriga e com a outra, me fazia um carinho no rosto e assim, dormi.

Acordei a tarde, quando a aeromoça trouxe nosso almoço,  depois dele, ficamos conversando até a hora de o avião pousar.

Assim que descemos do avião,  Rober me levou até uma Praça bonita que tinha perto de onde pegariamos o barco.

- Bruna, antes de a gente pegar o barco, quero conversar um pouquinho com você.

- pode falar.

- eu não quero que você se assuste, disse pegando minha mão,  o barco que consegui pra gente, tem apenas um quarto,  disse e eu me alertei, fica calma,  se você não se sentir confortável,  eu posso dormir na sala do barco, não tem problema algum, mas, eu quero te dizer, que não vou tentar nada, não precisa ficar nervosa, só estou te contando, pra que não pensa que fiz com alguma intenção.

- tá tudo bem, eu não me importo e quero você comigo, vamos tentar, tudo com calma, sem pressa...

- eu te amo, e tudo será no seu tempo,  agora, vem, nosso barco chegou.



Pessoas, eu subi pq estou viajando a trabalho, não me abandonem por favor,  por mais que eu demore, eu sempre volto, bjs.

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