terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Regeição

Luan on

A enfermeira me entregou aquele pacotinho cor de rosa que não parava de chorar, ela era tão pequena que mal cabia em meus braços, fiquei parado, meu maior medo, era mover sequer um músculo e deixar a minha sobrinha cair.
-Você é tão linda meu anjinho, não, é o tio, não chora...

-Luan, eu, eu quero ver, trás minha filha, me dá ela, Bruna pediu com os olhos marejados, e, assim que coloquei Clarinha em seu colo, ela se calou, olhando a mãe que sorria e chorava ao mesmo tempo.

-Minha filha, é a mamãe, você é tão pequena, você é tão parecida com o...
Meu Deus Luan, ela se parece com o Lucas, falou chorando e a encarando, não, eu, pega ela Luan eu não quero ela, tira ela daqui...

-Calma, se acalma, ela é linda e saudável, é tudo que importa...

-Luan, ela teve um parto difícil está nervosa, é normal.
Preciso que você leve a criança ao berçário, ela precisa fazer os exames enquanto cuidamos da mamãe aqui, tudo bem? Bruna, nós vamos te sedar agora, você precisa descansar do parto, e precisamos fazer os  pontos, sua filha vai com seu irmão agora tudo bem? Quando você acordar, já vai estar no quarto, e ela já estará com você, fique tranqüila, falou lhe aplicando o sedativo.
A médica disse, vendo a reação de minha irmã

-Está tudo bem? Perguntei a doutora, já nervoso.

-Sim, você não pode mais ficar aqui, leve a criança até o berçário, ela precisa ser limpa e fazer os primeiros exames, fique tranqüilo, está tudo bem, a enfermeira vai te guiar, basta seguir o corredor...
Segui com minha sobrinha nos braços, e,  logo, vi meu amigo que já chorava, sem medo algum, ele a pegou nos braços, totalmente emocionado.

-Minha pequena, minha filha, meu bebê, és tão linda, o papai te ama tanto meu anjinho, meu deus cara, ela é tão pequena...

-Pequena e saudável, é sua filha cara, mas, agora, ta nas suas mãos, você precisa levar ela pra examinar, vai com ela, apontei pra enfermeira, e ele foi, carregando Clara.

Depois de alguns minutos, ele voltou, sozinho, com um sorriso enorme, ela estava fazendo exames, e ele não podia acompanhar.

-parabens papai, falei dessa vez o abraçando, sua filha é linda.

-Sim, ela é, e a Bruna? Como ela tá? Como ta minha muié?

-ela ta ótima, esta sedada para levar os pontos, mas, creio que agora você terá um problema grande...

Por que?

-Por que a Clara se parece com aquele infeliz, a Bruna está assustada, e tenho medo que minha irmã a rejeite, falei agora com as lágrimas escorrendo.


-Eu vou cuidar das duas, fique tranqüilo, eu já esperava por isso, mas, não se preocupa, minha filha vai receber todo amor do mundo, eu darei isso a ela enquanto minha outra princesa não consegue dar, aos poucos, eu sei que Bruna vai ama-la.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

o Parto

Luan on

Eu me desesperei, minha sobrinha viria ao mundo antes do tempo, e eu não sabia o que fazer, eu tinha que passar segurança a minha  irmã, mas minhas pernas estavam mais moles que gelatina.

-Meu deus amor, a nossa filha vai, vai...
Roberval nem terminou de falar e se estabacou no chão, desmaiado, deixando minha irmã ainda mais nervosa.

-Pi, ajuda, faz alguma coisa pelo amor de deus...

-Calma, ai meu deus, o que eu faço, Kim, me ajuda, aiaiai...

-LUAN, LARGA DE SER LERDO, LEVANTA A PAMONHA DO ROBERVAL E ME LEVA PRO HOSPITAL OU SUA SOBRINHA VAI NASCER NA COZINHA...
Bruna gritou me tirando do tranze, Well tratou de ajudar, acordando o Rober, Kim correu, descendo com a bolsa, e eu carreguei ,minha irmã até o carro.
Nunca corri tanto na minha vida, Bruna gritava no  banco de trá, quase esmagando as mãos de Rober, e eu, dirigia apressado.
Kim e Well, foram no outro carro, eles avisariam meus pais, pois eu não teria tempo nem condições pra isso.
Assim que chegamos, Rober deu ntrada nos documentos de Bruna enquanto eu me preparava, pois ela já tinha sido levada para o bloco, não dava mais tempo de aplicar anestesia, minha sobrinha viria ao mundo de forma natural.


Dra Raquel: Vamos lá Bruna
 já estavam na sala de parto rodeada de aparelhos e uma equipe de enfermeiros, uma pediatra
e a obstetra.
-Sua filha precisa que seja forte ok? Concentre toda a sua força na barriga e não no pescoço assim você me ajuda tá?
 Ela apenas balançava a cabeça positivamente enquanto mordia o lábio inferior e segurava forte minhas mãos, eu já chorava junto a ela.

-Agora vamos lá.. no três você a empurra ok? 1...2...3 força!
 os movimentos eram repetidos várias vezes. A minha pequena já estava completamente suada. Uma enfermeira enxugava sua testa de vem em quando. Eu estava agoniado com todo o sofrimento dela, que se esgoelava a cada contração que sentia e se esforçava pra deixar que a filha nascesse. Estava pasmo com toda a força que ela esboçava e por toda a coragem. Rober, do lado de fora, Segurava uma câmera numa das mãos filmando todos os movimentos.

- Já vejo alguns cabelinhos Bruna. é ela, tá vindo sua filha, força...
Ela já estava cansada e praticamente sem forças, mas sabia que sua filha estava chegando ao mundo e isso era suficiente para mais uma investida. Dessa vez a última. Um choro fino e grave ecoa na sala.


-Você conseguiu princesa, a Clarinha nasceu, seu anjinho nasceu, e ela é linda, falei pegando minha sobrinha coberta de sangue.